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Documentário “Rotas Perdidas”, exibido no festival Tela Cariri, retrata isolamento de comunidade em Juazeiro do Norte por falta de transporte público

  • Foto do escritor: Corte Seco
    Corte Seco
  • 28 de mar.
  • 2 min de leitura

Escrito por Rafaelly Lima

O festival “Tela Cariri – O Nordeste é coisa de cinema” segue com programação até o dia 30 de março de 2025, contando com exibições de filmes, oficinas e rodadas de negócios. Como parte de sua programação, foi realizada uma mostra universitária na Universidade Federal do Cariri (UFCA) em 20 de março. O evento contou com produções realizadas por estudantes do curso de Jornalismo nas disciplinas de Documentário, Cinema Brasileiro e Cinema Nordestino, ministradas pelo professor Rodrigo Capistrano.

O documentário “Rotas Perdidas”, integrante da coletânea de produções universitárias apresentadas na noite de evento, leva o público a conhecer uma problemática enfrentada diariamente por moradores do condomínio Leandro Bezerra, localizado em Juazeiro do Norte. Com direção de Ana Jáfya e Sâmia Costa e narração de Otávio Pereira, o filme denuncia a falta de transporte público para moradores do local.

Desde seu início, o filme possui uma mensagem clara, denunciar o isolamento de uma região da cidade de Juazeiro do Norte. Através das falas de algumas moradoras do condomínio, que fica localizado no bairro Três Marias, o público é capaz de compreender de forma assertiva que não se trata de algo pequeno, mas um problema que impacta o cotidiano dos moradores, já que os mesmos não são capazes de se locomover com facilidade e dependem de transportes próprios, topiques ou motoristas por aplicativos.


Frame do filme Rotas perdidas, dirigido por Ana Jáfya e Sâmia Costa
Frame do filme Rotas perdidas, dirigido por Ana Jáfya e Sâmia Costa

As sequências de cenas são eficientes em reforçar o isolamento do local, seja pela narração, que pontua a saída de moradores por não possuírem condições de viverem no condomínio, ou pelo conjunto de fotografias que apresentam um espaço com pouca presença humana. Esses elementos, em conjunto com o contraste entre momentos de humor e diálogos sérios acerca de ações realizadas em busca por mudanças, conseguem prender o público, que cria um interesse pelo assunto central.

Em seu encerramento, o filme apresenta uma última entrevista. Apesar de esse trecho ter um volume mais baixo que o restante do filme, a escolha das falas “somos humanos” e “essa guerra não acabou” finalizam de forma poética a conversa. Em sequência, o narrador revela uma esperança de que algo enfim mude e, assim, as cenas finais são capazes de criar no público o sentimento de que, de fato, aquele não pode ser o fim e que aquelas personagens, assim como todos que vivem ali, merecem uma vida mais digna.


 
 
 

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